quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Israel vs Palestina = mortes inocentes

Tarcisio Angelo Mascarim            

Não sendo matéria de minha especialidade, mas de interesse de todos nós, foi publicado em abril de 2005, um artigo de minha autoria, sobre o conflito no Oriente Médio, que estava afetando o mundo como um todo, com o título “Religião – Fanatismo – Terrorismo”. De lá até hoje, muito foi discutido, mas pouco resolvido, tanto que acompanhamos, atualmente um conflito que está matando até crianças. 

Permito-me  transcrever, novamente,  parte  do  texto  daquele  artigo,  para conhecimento de todos que não leram, na ocasião. Ao final, minha opinião sobre a   solução para este conflito. Vamos ao texto do artigo de 2005:

“Para entendermos melhor o que acontece com certas pessoas, tomo a liberdade de apresentar, em primeiro lugar, a definição, conforme dicionário brasileiro, das seguintes palavras:

Religião – Culto prestado à divindade, doutrina de crença religiosa; acatamento às coisas sagradas; fé; devoção; piedade; respeito; escrupulo.

Religioso – Relativo, pertencente ou conforme à religião; observante dos deveres religiosos; devoto; escrupuloso no cumprimento dos deveres; respeitoso.

Fanatismo – Ilusão, erro ou tenacidade de fanático; facciosismo partidário; paixão cega e ardente; dedicação exagerada.

Fanático – Diz-se daquele que se julga inspirado por alguma divindade; que, ou aquele que tem paixão exagerada por uma ideia, doutrina ou religião; obstinado; desvairado.

Terrorismo – Sistema de governar pelo terror ou por meio de medidas violentas.

Terrorista – Diz-se da pessoa que é partidária do terrorismo; indivíduo que infunda terror.

Somente  pelas  definições,  começamos  a  entender o que acontece no Oriente Médio, entre palestinos e israelenses, que há anos, têm tentado viver pacificamente uns com os outros. Mas a maioria dos israelenses é judeu, e a maioria dos palestinos é muçulmano ou cristão. Praticam religiões diferentes e possuem línguas e costumes distintos.

Dessa   forma,   é    dificil   colocar   de   lado   os   desentendimentos   e   partilhar pacificamente um país que ambos consideram seu lar.Mas  não  é  de  agora  esse  conflito.  É  preciso voltar aos tempos bíblicos para entender.

 A região conhecida como Oriente Médio é o lar de três das maiores religiões do mundo. Em ordem de idade, há o judaismo, o cristianismo e o islamismo. As raízes de todas as três remetem a um homem chamado Abraão. Sua vida e família são descritas em um livro que os judeus chamam de Torá e os cristãos chamam de Velho Testamento. A história de Abraão também se encontra no livro sagrado do Islã, que é chamado de Alcorão.

As histórias dizem que Abraão teve dois filhos, Ismael e Isaac, que tinham mães diferentes. Ismael foi um ancestral de Maomé, o fundador da religião muçulmana. Muitas pessoas na Palestina veem Ismael como seu antepassado.Isaac teve um filho, Jacó, também chamado de Israel, que é conhecido como um dos primeiros líderes do povo judeu. O atual país conhecido como Israel leva o seu nome.

Segundo os livros sagrados, a mães de Isaac, Sara, e a mãe de Ismael, Hagar, nutriam ressentimento uma em relação à outra. O ressentimento teria passado para seus filhos e para os filhos de seus filhos. Por séculos, eles disputaram a terra que é importante para suas religiões. Em resumo, o conflito do Oriente Médio é uma briga em família, entre primos.

Voltando aos tempos modernos, no inicio do século 20, a Palestina, ou o que atualmente é Israel, era controlada pelos britânicos. Durante a Primeira Guerra Mundial, em troca de apoio na guerra, eles permitiriam aos palestinos a criação de um reino árabe. Mas os britânicos, também, prometeram a mesma coisa aos judeus.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), cerca de 6 milhões de judeus foram mortos na Europa pelos nazistas. Muitos sobreviventes judeus queriam um lugar seguro que pudessem chamar de lar. Eles escolheram a Palestina e começaram a se deslocar para lá, devido à sua importância religiosa para sua fé.

Os árabes que viviam lá não ficaram  felizes  com  a situação, e foi aí que as sementes do atual conflito foram plantadas.

Em 1947, as Nações Unidas votaram pela divisão da Palestina em dois Estados: um, para os judeus; outro, para os árabes. Os britânicos deixaram o Oriente Médio em 1948, e Israel foi criado. Os países árabes da região protestaram contra a criação do Estado israelense, e a guerra estourou.

Outras  guerras  se  seguiram,  incluindo  a  Guerra dos Seis Dias em 1967, e a Guerra do Iom Kippur em 1973.

Nos anos 80, palestinos e israelenses ainda não se entendiam. Os palestinos iniciaram um movimento para reclamar sua terra. Manifestantes atiraram pedras contra soldados israelenses, que, às vezes, respondiam atirando contra eles e os prendendo. Este levante se tornou conhecido como Intifada (rebelião).

Para impedir um maior derramamento de sangue, os líderes mundiais pediram a Yasser Arafat, o líder do povo palestino, que aceitasse uma solução na qual a Palestina e Israel pudessem coexistir.

Arafat  e  o  líder israelense Yitzhak Rabin finalmente assinaram em 1993, um acordo para pôr um fim ao conflito. Ele é conhecido como Acordo de Oslo, que deu aos palestinos o controle de duas regiões, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, à margem oriental do Rio Jordão.

Em  1995,  Rabin  foi  assassinado por um extremista judeu que se opunha ao acordo de paz.
Benjamin Netanyahu, que foi eleeito para substituir Rabin, assumiu uma posição mais dura. Ele permitiu que colonos judeus ocupassem áreas que o Acordo de Oslo determinava como pertencentes aos palestinos, o que levou a mais confrontos violentos entre israelenses e palestinos.

Ao longo dos anos 1990, as negociações de paz continuaram, mas eram frequentemente interrompidas, na maior parte das vezes devido a questão dos locais onde as pessoas poderiam viver.

O atual primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, tem trabalhado com Arafat para obter a paz. Eles chegaram bem perto de um acordo no ano passado, quando se encontraram com o presidente Clinton, nos Estados Unidos.

Mas, em setembro do ano passado, quando o político israelense Ariel Sharon, visitou um local sagrado, tanto para judeus, quanto para os muçulmanos, começou novamente a crise, pois os palestinos ficaram irados com a visita, e responderam com a destruição de um local sagrado judeu. A partir dai, os conflitos se seguiram e muitas pessoas foram mortas.

No meu entender, um acordo de paz somente se negociará, quando as partes agirem dentro da religião, com fé, respeito e escrúpulo, deixando de lado o fanatismo.

Por  falar  em fanatismo, vamos conhecer um pouco do homem mais procurado do planeta, ou seja, Osama Bin Laden, que do fanatismo, partiu para o terrorismo.

Conforme noticiário, foi a partir da Guerra do Golfo, em 1991, que Bin Laden direcionou seu ódio aos norte-americanos. Segundo um especialista, ele se opunha à presença das tropas dos Estados Unidos na Arábia, alegando se tratar de solo sagrado aos infiéis (ou não muçulmanos), segundo o Alcorão. Mesmo se posicionando ao lado do Iraque, ainda tentou uma saída política, apresentando propostas que evitassem a profanação do solo árabe, mas ficou enfurecido ao saber que os militares estavam a caminho.Terminada a guerra, sua raiva aumentou mais ainda com a instalação de uma base permanente dos Estados Unidos na Arábia.

Bastou um ano para que o ódio de Bin Laden aos Estados Unidos resultasse em ações. Em 1992, um ano depois de deixar a Arábia e se abrigar no Sudão, ele foi relacionado a um ataque que matou 18 soldados norte-americanos da força de paz das Nações Unidas na Somália.

No ano seguinte, foi apontado como mentor do atentado a bomba, contra o World Trade Center, em Nova York, que deixou seis mortos. Já naquela vez, a intenção era causar uma tragédia. Os terroristas tentaram demolir um lado da base de uma das torres gêmeas, fazendo-a cair sobre a outra. Depois, as duas desabariam sobre outros prédios, causando dezenas de milhares de mortos. Enquanto isso, outros grupos terroristas exploririam mais prédios e pontes na cidade, formando um cenário de caos. Por pouco o plano não deu certo.

No Sudão, Bin Laden planejou as ações de uma guerra muçulmana. Em 1996, quando a pressão internacional se tornou insuportável para o governo sudanês, foi convidado a se retirar e se refugiou no Afeganistão.

Ele é responsabilizado pelos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, que deixaram 224 mortos, e também pelo atentado ao destroyer USS Cole, em outubro de 2000, que causou a morte de 17 marinheiros.

Com o resultado do dia 11 de setembro último, Bin Laden conseguiu uma  guerra que ainda não tem previsão de como vai terminar”.

Aí está um resumo do que aconteceu até 2005. De lá até o presente, o conflito tem aumentado, inclusive com o morte de Osama Bin Laden, noticiada pela imprensa mundial, sendo publicados os  horrores desta guerra entre Israel e Palestina.

Para finalizar, quero chamar a atenção dos israelenses e palestinos: vocês são os descendentes dos grandes líderes e profetas. O que está faltando para acabar com este conflito é o amor a Deus e ao seu próximo.

Para alertar os israelense e palestinos e a todos nós,  tomo a liberdade de transcrever o evangelho de Matheus 22-35/40, para não esquecerem que para entrar no reino de Deus, apenas temos que cumprir dois mandamentos, os quais foram transmitidos por Jesus:

E um deles, doutor da lei, interrogou-o para experimentar, dizendo:

Mestre, qual é o grande mandamento da lei?

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o seu coração e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Assim, cumprindo estes dois mandamentos, amando a Deus e ao próximo,  não faremos mal a ninguém e viveremos de acordo com o que Jesus nos ensinou.

(Tarcisio Angelo Mascarim é secretario municipal de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e Diretor do SIMESPI)

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